Não há justiça sem advogado

 

 

O advogado é sempre um verdadeiro estudioso da ciência jurídica. Não existe advogado que não seja dado e dedicado a uma extensa leitura.

 

Ele é aquele que procura potencializar a lei e o processo a favor do seu cliente, conforme o entendimento do jurista Ives Gandra da Silva Martiins.

 

O advogado consulta a lei  na sua íntegra,  analisa minuciosamente cada artigo, parágrafo, detalhes, palavra por palavra e seu significado quando foi escrito e se houve alguma evolução semântica do vocábulo; verifica também a gramática analisando  artigos, pronomes, adjetivos, substantivos, advérbios, conjunções, e a  história da lei, sua evolução no tempo,  principalmente quando ela já tem um certo período de existência;  o advogado perquiri   a lógica da lei, sua comparação com outras legislações;  medita e reflete  sobre a lei de uma forma sistemática e por fim, verifica se o artigo a ser contestado ou defendido em favor do cliente está em conformidade com a Constituição. Esta também deverá ser interpretado conforme seus cânones hermenêuticos aceitos pela doutrina jurídica.

 

Não pode o advogado burlar a lei, mas a interpreta; analisa sua constitucionalidade ou uma possível inconstitucionalidade; não raro, um artigo de uma lei a ser aplicado a um cliente dentro de uma situação fática, pode não   ser considerado constitucional, outras vezes, constitucional para um outro cliente,   devendo mencionar ao magistrado este seu  entendimento, sendo do juiz a  competência para  reconhecer a constitucionalidade ou inconstitucionalidade de uma lei ou artigo naquele caso concreto e proferir  sentença.

 

O trabalho de um advogado requer muita leitura, meditação, estudos, reflexões, no sentido de defender um cliente. Não raro se debruçar sobre a Filosofia do Direito, História da Filosofia do Direito, História Geral, Sociologia e Economia. O estudo do advogado deverá ser constante, todos os dias, e muito, pois a sua bússola deverá ser sempre a Justiça. Por isto a Constituição Federal em seu artigo 133 proclama a Advocacia como função essencial à Justiça ao lado do Ministério Público e Defensoria. Nas afirmações do advogado e jurista Professor Dr. Ives Gandra, o estudo do advogado deverá ser constante, e todos os dias, para que possa distinguir o que é justo, e o que aparenta ser justo. Não raro, um fato poderá parecer justo a um e injusto a outro, mas o advogado deverá ser sempre o primeiro juiz da causa, sempre verificando sempre a sua justiça e legalidade, ou o contrário, injustiça e ilegalidade.

 

 

Em outro momento, tem que estudar profundamente uma lei, um decreto, um ato administrativo, não bastando tão somente “dar um Google” e a resposta já estará pronta. Absolutamente isto nunca será possível, pois jamais se encontrará uma resposta pronta, e sim, muitas respostas, cabendo ao advogado sempre a análise minuciosa para se chegar a uma conclusão.

 

A função do advogado é de ser sempre pautado pela independência em relação às autoridades e em relação até ao próprio cliente. Diante de tudo isto,  é possível ao advogado conseguir fazer uma leitura imparcial dos fatos e da própria legislação para que consiga prosseguir em  uma próspera defesa de seu cliente.

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